Em 33 processos de prestação de contas analisados, Polícia Civil encontrou 113 contrações fraudadas.
Agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão em Brazlândia e Taguatinga.
Sala de aula em escola pública do DF, em meio à pandemia de Covid-19 TV Globo/Reprodução A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (8), uma operação contra um grupo suspeito de fraudar pesquisas de preço para a contratação com escolas públicas de Brazlândia, no Distrito Federal, em 2023. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. As investigações começaram após uma denúncia anônima de que havia superfaturamento em contratos emergenciais para serviços de manutenção das escolas e instalação de vários equipamentos.
Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão em Brazlândia e Taguatinga. Os recursos são provenientes do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira da Secretaria de Educação (PDAF).
Em nota, a Secretaria de Educação diz que desconhece irregularidades ligadas ao programa. "A Secretaria acompanha a situação e está à disposição para colaborar com as investigações, caso seja acionada.
A Corregedoria acompanha o caso", declara a pasta (veja íntegra da nota abaixo). Os investigadores analisaram 33 processos de prestação de conta das escolas de Brazlândia e encontraram 113 contrações com competições simuladas.
Os valores desses contratos somam R$ 964 mil. Esquema Polícia investiga fraude de quase R$ 1 milhão em contratos do GDF Segundo a Polícia Civil, um casal de empresários e uma funcionária atuavam para fraudar as pesquisas de preços e superfaturar os contratos.
Empresas de fachada eram criadas para criar orçamentos falsos e simular uma concorrência para a empresa do casal, que sempre vencia a disputa.
A Polícia Civil identificou seis empresas de fachada durante as investigações. As investigações apontam que o casal estava à frente das negociações e eram responsáveis por essas empresas de fachada.
Já a funcionária do casal era "testa de ferro" e cedia dados pessoais para abertura de contas que recebiam os valores desviados.
Os alvos da operação são investigados por crimes de associação criminosa e falsificação de documento particular. O que diz a Secretaria de Educação "A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informa que ainda não foi notificada oficialmente sobre a operação deflagrada nesta quarta-feira (08) pela Polícia Civil do DF, sobre a suspeita de fraude em pesquisas de preços para contratos de obras em escolas da rede pública de Brazlândia.
As informações chegaram ao conhecimento da pasta por meio da imprensa. A Pasta, em sua instância central, informa ainda que desconhece qualquer situação irregular relacionada à utilização de recursos do Programa PDAF.
Cabe destacar que as unidades escolares e as regionais de ensino possuem autonomia para gerir esses recursos, tanto na forma de pagamento quanto na contratação de serviços e aquisição de materiais.
Desde setembro de 2023, a SEEDF implementou o Programa Cartão PDAF, conforme o Decreto nº 42.403, de 18 de agosto de 2021, com o objetivo de tornar as contratações mais transparentes e ágeis. A Secretaria acompanha a situação e está à disposição para colaborar com as investigações, caso seja acionada.
Destaca, ainda, que operações dessa natureza costumam ocorrer sob sigilo, justamente para preservar o trabalho das autoridades e evitar interferências. A Corregedoria acompanha o caso para tomar eventuais providências caso exista envolvimento de servidores da SEEDF.
A SEEDF reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade nos processos administrativos e a correta aplicação dos recursos públicos." LEIA TAMBÉM: VEJA COMO FAZER: quase 800 moradores do DF trocaram nome após lei facilitar mudança em cartórios INSS: PF investiga contadores e advogados suspeitos de fraudarem mais de R$ 50 milhões em aposentadorias Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.