No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,63%, cotada a R$ 5,6893.
Já a bolsa encerrou em queda de 1,22%, aos 133.491 pontos.
Dólar freepik O dólar opera em alta nesta terça-feira (6), por volta dos R$ 5,70, em mais um pregão com clima de espera pelas decisões de juros que acontecem amanhã no Brasil e nos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, também opera em leve alta. Nos dois países, os bancos centrais decidirão sobre o futuro das taxas que servem como referência para os juros praticados nas regiões. No Brasil, a expectativa é de alta na taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
Será a sexta alta consecutiva, em um tentativa do BC brasileiro de controlar a inflação, que encerrou 2024 acima da meta de 3%. Nos EUA, a expectativa é de que o Fed mantenha suas taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Mas os investidores vão analisar o que a instituição tem a dizer sobre o cenário econômico, devido à aplicação de tarifas a produtos importados pelo presidente Donald Trump, que podem prejudicar a inflação nos próximos meses. O tarifaço gerou novos comentários nesta terça-feira, enquanto promessas de acordos comerciais para evitar as altas tarifas não saem do papel.
A União Europeia, por exemplo, afirmou que não aceitará a pressão de um acordo que não seja benéfico para o bloco. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar Às 16h15, o dólar subia 0,25%, cotado a R$ 5,7038.
Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 0,63%, aos R$ 5,6893.
Com o resultado, acumulou: alta de 0,63% na semana; avanço de 0,22% no mês; e perda de 7,94% no ano. a 📈Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,04%, aos 133.516 pontos. Na véspera, o índice fechou em baixa de 1,22%, aos 133.491 pontos. Com o resultado, o índice acumulou: recuo de 1,22% na semana; queda de 1,17% no mês; e ganho de 10,98% no ano. O que está mexendo com os mercados? O tarifaço de Donald Trump e a expectativa pela "Superquarta", com as novas decisões de juros dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, continuam a influenciar o mercado nesta terça-feira. O Copom havia previsto em sua última reunião que faria uma nova alta na taxa Selic, de menor magnitude que a anterior, que foi de 1 ponto percentual.
Mas não se sabe de quanto. Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, diz que a atenção dos mercados estará em como o BC brasileiro vai encaminhar o final do ciclo de altas de juros iniciado no ano passado. "As ansiedades estão grandes.
Há cenários que contemplam uma alta de 0,25 p.p.
e para, com Selic em 14,50%, e outros que preveem mais dois aumentos de 0,50 p.p., chegando a 15,25%.
Faz muito tempo que não chegamos para uma reunião com uma amplitude tão grande dos agentes", diz Cunha. Para a XP Investimentos, "a dúvida reside na comunicação para a próxima reunião, isto é, se indicarão ou não altas de juros adiante".
Nos EUA, a previsão do mercado é que o Fed mantenha as taxas inalteradas.
Segundo a XP, o mercado estará atento às "sinalizações futuras, ante cenário mais desafiador para crescimento econômico e inflação, após as escaladas tarifárias recentes". As tarifas de Trump sobre produtos importados que chegam aos EUA aumentam a inflação prevista no país — já que podem deixar tudo mais caro —, além de gerar uma desaceleração da economia, com a redução no consumo. No domingo (4), em mais um episódio do tarifaço, Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos EUA. Em resposta às pressões americanas, o Comissário Europeu de Comércio, Maros Sefcovic, afirmou no Parlamento Europeu que o bloco não se sente pressionado a fechar um acordo comercial com os EUA e que outros países têm interesse em fechar um acordo com a União Europeia. "Não nos sentimos fracos.
Não nos sentimos sob pressão indevida para aceitar um acordo que não seria justo para nós", afirmou Sefcovic.
"Posso lhes dizer que nossos telefones não param de tocar o tempo todo porque todos querem acelerar as negociações de acordos de livre comércio conosco". Investidores também esperam que acordos comerciais para evitar o tarifaço entre os EUA e outros países avancem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no domingo que conversou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre a política de tarifas, indicando que os dois países estão negociando os "termos de um entendimento" sobre a questão. Haddad disse que conversou com Bessent "em nome da região", uma vez que, segundo ele, "não faz sentido" a imposição de tarifas sobre a América do Sul devido aos déficits comerciais que os países possuem com os EUA. "O mais importante nesse momento é dizer que nós estamos em uma mesa negociando os termos de um entendimento...
Eu acredito que a postura do secretário foi bastante frutífera e demonstrou uma abertura para o diálogo bastante importante", disse o ministro.