Presidente dos EUA também visitará o Catar e Emiratos Árabes Unidos, em viagem focada em fechar acordos comerciais e tratar de conflitos no Oriente Médio.
Visita ocorre em meio à polêmica após emir do Catar oferecer Boeing 'de luxo' de presente a Trump.
Elon Musk está em comitiva dos EUA.
O presidente dos EUA, Donald Trump, conversa com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman, em Riade, em 13 de maio de 2025. Brian Snyder/ Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou nesta terça-feira (13) na Arábia Saudita, etapa inicial de uma visita ao Oriente Médio que é a primeira viagem internacional de seu novo mandato.
Trump também passará pelo Catar e os Emirados Árabes, durante a viagem, marcada também pela polêmica notícia de que o presidente dos EUA cogita aceitar um Boeing 747-8, considerado um avião de luxo, que foi oferecido como presente pela família real do Catar.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo a Casa Branca, a viagem de Trump tem por objetivo de assinar acordos comerciais "ambiciosos" e abordar os conflitos no Oriente Médio. Em seu primeiro mandato, Trump também escolheu a Arábia Saudita como destino de sua primeira viagem ao exterior. A decisão do mandatário republicano de escolher novamente os Estados petrolíferos do Golfo Pérsico destaca o papel geopolítico crucial que estes países adquiriram e sua importância como parceiros comerciais dos Estados Unidos.
O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas em Gaza será um tema central da viagem, depois que o grupo libertou Edan Alexander, um refém israelense com cidadania norte-americana que havia sido sequestrado no ataque do Hamas a Israel de 7 de outubro de 2023. Outro assunto na agenda é o programa nuclear do Irã, após a retomada das negociações entre Washington e Teerã com a mediação de Omã. LEIA MAIS: NEGÓCIOS, GUERRA, PETRÓLEO: 4 razões por que Trump escolheu Oriente Médio para 1ª viagem internacional DIPLOMACIA DO JUMBO: Antes de oferecer aeronave a Trump, emir do Catar já havia dado 747 de 'presente' a Erdogan, da Turquia Acordos comerciais Caças sauditas escoltam Air Force One na chegada de Trump à Arábia Saudita Os acordos comerciais para indústrias importantes, como defesa, aviação, energia e novas tecnologias, incluindo a Inteligência Artificial (IA), são o tema central da viagem. "O presidente espera com ansiedade embarcar em seu histórico retorno ao Oriente Médio", para promover uma visão na qual "o comércio e os intercâmbios culturais derrotam o extremismo", declarou na sexta-feira a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos certamente receberão o magnata republicano de 78 anos com muita pompa. Nos oito anos transcorridos desde o início do primeiro mandato de Trump, estes países, importantes parceiros comerciais, conquistaram ainda mais relevância no cenário internacional. O Catar é um mediador crucial nas negociações entre Hamas e Israel, enquanto a Arábia Saudita já auxiliou nos diálogos sobre a guerra na Ucrânia. O príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, prometeu em janeiro aportar 600 bilhões de dólares (3,4 trilhões de reais) no comércio e investimentos americanos.
Segundo um funcionário de alto escalão próximo ao Ministério da Defesa saudita, Riade pressionará para adquirir caças de combate F-35 dos Estados Unidos, além de sistemas de defesa aérea de última geração, avaliados em bilhões de dólares. Trump pode receber um Boeing de presente? Veja o que diz a Constituição americana "Vamos apresentar como condição que as entregas aconteçam durante o mandato de Trump", declarou a fonte à AFP. Críticas por "presente" temporário do Catar Os esforços para que a Arábia Saudita, como grande potência regional, reconheça Israel provavelmente não estarão na agenda da viagem, já que Riade insiste que primeiro é necessário estabelecer as bases para um Estado palestino. Um tema de debate que precedeu a viagem foi o anúncio de que Trump aceitaria um luxuoso Boeing 747-8 oferecido pela família real do Catar, para substituir temporariamente o atual avião presidencial Air Force One e, eventualmente, continuar usando a aeronave após seu mandato. O avião, avaliado por especialistas em 400 milhões de dólares (2,27 bilhões de reais), foi descrito pela imprensa americana como um "palácio no céu", gerou críticas por um possível conflito de interesses.
A Constituição dos Estados Unidos proíbe que funcionários do governo aceitem presentes "de um rei, príncipe ou Estado estrangeiro". Trump rebateu as críticas e afirmou que seria "estúpido" rejeitar o avião, que segundo ele é um presente "temporário".