Reunião deve ocorrer no sábado (10), em Genebra, entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng.
Tarifas são tema central.
China e EUA Associated Press Os governos dos Estados Unidos e da China anunciaram nesta terça-feira (6) que terão um encontro em Genebra, na SuÃça, no fim desta semana.
A previsão é que a reunião ocorra no sábado (10), segundo a agência de notÃcias Reuters. A conversa marca o inÃcio das negociações sobre a guerra comercial entre os dois paÃses.
Ao longo das últimas semanas, os EUA anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados da China, em uma guerra tarifária promovida pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Pequim respondeu com alÃquotas de até 125% sobre a importação de itens norte-americanos, em uma escalada de taxas, até então, sem sinais de recuo. Em comunicado oficial, o governo dos EUA informou que o secretário do Tesouro do paÃs, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer, vão viajar para a SuÃça na quinta-feira (8), onde vão se encontrar com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng. Também em comunicado, o Ministério do Comércio chinês afirmou que Lifeng irá para a capital suÃça na sexta-feira.
A pasta confirmou o encontro com Bessent. Lifeng, considerado o principal responsável pela economia da China, ficará na SuÃça entre sexta e segunda-feira (12). “Com base na plena consideração das expectativas globais, dos interesses da China e dos apelos da indústria e dos consumidores dos EUA, a China decidiu retomar o diálogo com os EUA", informou, em comunicado, o gigante asiático. “Há um velho ditado chinês: 'Ouça o que se diz e observe o que se faz'.
Se os EUA disserem uma coisa e fizerem outra, ou tentarem usar as conversas como disfarce para continuar com coerção e chantagem, a China jamais aceitará", acrescentou. Resposta da China a tarifaço de Trump impulsiona nacionalismo chinês Reunião entre EUA e SuÃça Conforme o governo americano, os dois representantes do paÃs vão se encontrar também com a presidente da SuÃça, Karin Keller-Sutter, para negociações sobre comércio recÃproco. "Estou ansioso por conversas produtivas enquanto trabalhamos para reequilibrar o sistema econômico internacional, de forma a melhor atender aos interesses dos EUA", disse Bessent em um comunicado. O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) informou que Greer também se reunirá com a missão da agência junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra. "Por determinação do presidente Trump, estou negociando com paÃses para reequilibrar nossas relações comerciais, alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos EUA", disse Greer.
"Estou ansioso para ter reuniões produtivas com alguns de meus colegas, bem como visitar minha equipe em Genebra, que trabalha diligentemente para promover os interesses dos EUA em diversas questões multilaterais." Déficit comercial recorde As medidas tarifárias de Trump, que ele afirma serem usadas para reduzir o déficit comercial dos EUA, têm causado o efeito oposto até agora.
O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta terça-feira (6) que o déficit comercial do paÃs atingiu um recorde em março, com empresas antecipando importações antes das tarifas.
Os dados comerciais destacaram uma dinâmica que contribuiu para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 — o primeiro declÃnio em três anos. Em particular, a tentativa das farmacêuticas de evitar as tarifas anunciadas por Trump para o setor levou a um aumento recorde nas importações de medicamentos.
O déficit comercial dos EUA com a China caiu acentuadamente, já que as tarifas punitivas impostas por Trump reduziram significativamente as importações chinesas. Trump e seus principais assessores intensificaram as reuniões com parceiros comerciais desde que o presidente anunciou, em 2 de abril, uma tarifa de 10% para a maioria dos paÃses.
Além disso, tarifas ainda maiores estão previstas para entrar em vigor em 9 de julho, a menos que acordos bilaterais sejam firmados.
Trump também impôs tarifas de 25% sobre automóveis, aço e alumÃnio, 25% sobre produtos do Canadá e do México, e 145% sobre produtos da China. A China respondeu aumentando suas tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%, embora tenha oferecido algumas isenções.
Um alto funcionário da União Europeia afirmou nesta terça-feira que o bloco de 27 paÃses está preparando contramedidas caso não se chegue a um acordo comercial com Washington.
Ele acrescentou que outros paÃses também têm buscado estreitar laços comerciais com a UE. * Com informações da agência de notÃcias Reuters.