Empresa registrou prejuÃzo de R$ 1,82 bilhão nos primeiros três meses do ano.
Papéis da companhia caÃram mais de 16% na sessão e figuraram entre as maiores perdas do Ibovespa.
Avião da Azul decola do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Ricardo Moraes/ Reuters As ações da Azul caÃram mais de 16% nesta quarta-feira (15) e lideraram as maiores perdas do Ibovespa, após a companhia reportar um prejuÃzo de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
O resultado veio pior do que o registrado no mesmo perÃodo de 2024, quando teve um resultado negativo de R$ 324 milhões. A companhia aérea ainda registrou um desempenho operacional de R$ 1,38 bilhão entre janeiro e março, uma queda de 29,4% na mesma base de comparação. A receita lÃquida total da companhia, porém, subiu 15,3% no perÃodo, para R$ 5,39 bilhões, apesar de uma queda de 3,5% no indicador "yield", de preços de passagens. Sem ajustes — ou seja, desconsiderando efeitos considerados não recorrentes —, a Azul teve um resultado positivo no perÃodo, de R$ 783 milhões, revertendo prejuÃzo de R$ 1,12 bilhão de um ano antes. A companhia é, até agora, a única empresa aérea em operação no paÃs que não precisou recorrer a um processo de recuperação judicial para reestruturar suas finanças. Segundo o diretor financeiro da Azul, Alexandre Malfitani, a empresa deve tentar buscar mais capital para reforçar sua posição financeira, mas vai buscar um momento mais favorável do mercado para isso. "Obviamente, faria sentido para nós trazer capital adicional, mas vamos encontrar o momento certo para isso", disse o executivo durante conferência com investidores após a divulgação de resultados.
"Tem muito ruÃdo no mercado, tanto em termos macro, quanto no entendimento de nossa reestruturação", acrescentou o executivo. A Azul terminou março com R$ 3,3 bilhões em caixa, queda de 19% ante o final do ano passado, e uma dÃvida bruta de R$ 34,7 bilhões. No trimestre, a frota da Azul foi incrementada com três aeronaves ante o final de março do ano passado, com 184 aviões em utilização. Agências de viagem e companhias aéreas registram aumento de procura