Acordo sobre eleição de Ednaldo Rodrigues para o comando da CBF é alvo de questionamentos no STF.
Nesta semana, deputada pediu afastamento imediato do dirigente.
Ednaldo Rodrigues Jornal Nacional/Reprodução A Comissão de Esporte do Senado aprovou nesta quarta-feira (7) a realização de uma audiência pública para cobrar esclarecimentos do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues.
Uma data para a reunião ainda será agendada.
O comparecimento de Ednaldo não é obrigatório. A aprovação da audiência acontece em um momento em que é contestado, no Supremo Tribunal Federal (STF), um acordo sobre o processo eleitoral que definiu o comando da entidade.
Há dúvidas sobre a regularidade de uma das assinaturas do acordo, que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro.
O pedido de audiência com Ednaldo foi apresentado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).
"A gravidade da situação reside não apenas nas alegações em si, mas também no impacto que elas podem ter sobre a credibilidade da CBF.
A entidade, embora de natureza privada, exerce uma função social de extrema relevância para o país", disse Girão. Deputada pede ao STF afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da CBF Ednaldo inclusive é alvo de um pedido de afastamento imediato, apresentado pela deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ).
Esse pedido será analisado pelo ministro Gilmar Mendes. O acordo contestado colocou um ponto final em uma longa disputa judicial.
Em 24 de março de 2022, o presidente da CBF foi reeleito por aclamação para o mandato que vai de março de 2026 a março de 2030. Para a deputada Daniela Carneiro, há “fortes indícios” de que a assinatura de uma das partes do acordo, a de Antonio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, não foi realizada de forma livre e consciente e sob plenas faculdades mentais. Nunes é ex-presidente da entidade e chegou a ser vice de Ednaldo Rodrigues no mandato anterior do dirigente. Daniela disse no pedido que houve “vício de consentimento” na assinatura do documento.
Segundo ela, ainda em 2023, já existia laudo médico apontando que Coronel Nunes “não tinha as condições físicas e cognitivas para expor seu aceite a qualquer condição que lhe fosse apresentada”. O pedido de afastamento de Ednaldo foi apresentado no âmbito de uma ação que deve ser julgada pelo STF em 28 de maio.